8 de abr. de 2020

Criacionismo

A contribuição abaixo é de Agnes Silva, do primeiro B do Colégio Pilar Maturana realizada em, salvo engano, 2016 (faz tempo que não posto nada!)

12 de dez. de 2018

Os sonhos que temos

Os sonhos que temos
Fama e riqueza
Não somos nós que queremos
É a falsa nobreza

Os sonhos que temos
Fama e riqueza
A outros, neguemos
É a dura crueza

Os sonhos que temos
Fama e riqueza
Se não sonhamos, tememos
opressão ironia exclusão infantilidade angustia mesquinharia


Os sonhos que temos
Vendendo a vida tempo criação humanidade
Enquanto sonhamos, morremos
É a triste certeza



Fama e riqueza
Os sonhos que temos
É a falsa nobreza
Não somos nós que queremos


Fama e riqueza
Os sonhos que temos
É a dura crueza
A outros, neguemos

Fama e riqueza
Os sonhos que temos
opressão ironia exclusão infantilidade angustia mesquinharia
Se não sonhamos, tememos


Os sonhos que temos
Vendendo a vida tempo criação humanidade
Enquanto sonhamos, morremos
É a triste certeza

5 de mar. de 2017

Apostas e seguros.

O post anterior é uma crítica à uma "propagandinha" realizada no texto "Entenda a fascinante relação entre apostas e a origem da bilionária indústria dos seguros"  da BBC.
Critica à parte, é um texto muito bacana para pensarmos um pouco mais a respeito de apostas/seguros/produção.
Nele, o autor, Tim Harford, explica a origem dos seguros e mostra como um seguro é, na verdade, uma aposta. Uma aposta que vai contra o desejo do segurado. O agricultor, por exemplo, quer que sua produção seja excepcional, mas corre o risco de que acontece algum imprevisto e ele, então, ficaria num prejuízo que inviabilizaria a continuidade da produção. A solução é, então, apostar no imprevisto, para que se ele ocorrer, o trabalho posterior possa ocorrer. Se não ocorre o imprevisto, por outro lado, a seguradora ganha e pode continuar a existir.
E como toda banca (de jogos), as seguradoras querem ganhar, e ganhar muito. Por isso o melhor que poderia acontecer é que os governos administrassem os seguros (aposentadoria, saúde, agricultura, etc.).
No fim das contas os seguros funcionam como uma faca de dois gumes. Se não há seguro, há incerteza e a economia tende a andar mais devagar. Mas se o negócio de seguros foi exagerado, como no que acabou provocando a crise imobiliária americana de 2008 (em que o valor de todos os seguros era maior do que o valor real da economia), mais cedo ou mais tarde a economia real não conseguira sustentar o castelo de areia erguido pelos derivativos (quando, por exemplo há venda de seguro ou promessa de pagamento de juros em razão de um seguro anterior ou financiamento anterior) e os prejuízos acabam sendo partilhados por toda a sociedade, mesmo aqueles que não fizeram apostas.

Pós-verdade na BBC?


Eu sei que a maior parte dos veículos de comunicação são de direita. Quando muito, são de centro. E é muito comum que esses veículos ataquem, "a torto e a direito", a esquerda. Eu já vi, alguns desses ataques gratuitos em sites que eu leio (e recomendo), como no caso da BBC. Entendo muitas críticas, mesmo sabendo que num bom texto jornalístico, deveria haver um contraponto. Mas dá para deixar passar.
O que me surpreendeu hoje, no entanto, foi um elogio descabido ao capitalismo, quando a efetivação de uma ação é claramente coletivista e não capitalista...
Nas montanhas do que hoje é a Suíça e a Alemanha, uma outra forma de seguros surgiu de uma espécie de capitalismo comunitário. Camponeses organizaram sociedades de ajúdua mútua, no início do século 17, para arcar com custos de tratamentos médicos ou de problemas com safras e animais.
Se o Lloyd´s considerava o risco algo que se analizava e comercializava, as sociedades de seguro mútuo alpinas viam o risco como algo a ser compartilhado.
Uma visão mais romântica que décadas mais tarde mudou radicalmente: em cidades como Zurique e Munique foram fundadas algumas das maiores seguradoras do mundo.
Mas as maiores e mais ricas sociedades de ajuda mútua que hoje conhecemos têm um nome bem genérico: governos.
http://www.bbc.com/portuguese/geral-39167017

Nem digo que eu não tenha meu próprio viés de confirmação, mas isso foi desinformação (porque no mínimo, faltaram informações que corroborassem a posição do jornalista/economista), ignorância (porque há desconhecimento de definições básicas) ou mau caratismo puro e simples.
Se por um lado, o exemplo dado não é, necessariamente "anti-capitalista" também não é definidor de capitalismo, que é reconhecido por um sistema que privilegia ações individuais. Além disso, um dos conceitos básicos de socialismo está vinculado à oposição ao individualismo (que volto a dizer, não é uma marca exigida no capitalismo, mas valorizada). Ora, se uma ação é comunitária, ela é anti individualista, ou seja, poderia ser "uma espécie de socialismo", sem a necessidade de uma complementação contraditória!
Para que fique claro: é possível um regime capitalista contar com sindicatos, cooperativas e associações? Sim. Mas estas instituições foram combatidas no início do capitalismo e são vistas, mais comumente como instituições socialistas.
O curioso é que o texto (claramente de centro) desagrada também os defensores liberais do capitalismo, pois indica que o estado é uma sociedade constituída no seio do capitalismo, o que também não faz muito sentido, pois o "proto-estados"* são anteriores a qualquer "proto-capitalismo".



3 de mar. de 2017

Punk - Cólera - Circocore

Malabarista faltou
Domador se acidentou
E o equilibrista morreu
Sobrou procê (pro seu?)
Tem que amansar o leão
Da corda bamba não olhe pro chão
Pogar na ponta do dedão
Sobrou procê, sobrou procê
Todas as coisas do circo você tem que fazer
Monocicleta, trapézio, no show tem que fazer
Ser um palhaço, um escracho, você tem que saber. Tem que saber.
O país vizinho xingou
Nosso governo revidou
A guerra então começou
Sobrou procê
Vai defender sua nação
Vai de metranca na mão
Vestido de palhaço num caixão
Sobrou procê
Sobrou procê. Sobrou procê.

5 de jan. de 2017

A imprensa parcial... ah...

Vi esta postagem "tautismo fonoaudiologico da globo quer legitimar capitalismo de desastre" do Cine gnose. E replico um trecho, dito por uma importante preparadora de vozes (Glorinha Butenmüller) que trabalhou para a Globo por muito tempo.
“O apresentador não pode representar as palavras. Tem de ser parcial e exprimir as ideias da empresa em que trabalha. Esse profissional tem de sentir a palavra na sua forma, mas a essência empregada vem da casa. Por exemplo, a palavra cadeira é dita da mesma forma por todo mundo, mas se ela é confortável ou desconfortável, é a empresa que vai dizer. Em qualquer emissora, os apresentadores são escravos, têm que parecer imparciais e, ao mesmo tempo, ser parciais, de acordo com a vontade da empresa”.
 A citação original pode ser encontrada aqui, numa entrevista concedida à revista Veja.

Depois disso, creio, não é preciso dizer muito. Só continuo lamentando pelos que creem cegamente em qualquer veículo de comunicação...



21 de out. de 2016

Futebol Brasileiro...

É claro que alguém pode dizer que o título correto desta postagem deveria ser "futebol coxa-branca", mas acho que posso dizer que o que escrevo a respeito do meu time vale para todos os times brasileiros (vez por outra um ou outro time foge à regra). O futebol no Brasil tem se notabilizado, nos últimos anos, por ser muito cadenciado, sem raça e pior, sem técnica e com arremedos táticos.

Vi os jogos do Coritiba contra o Belgrano - Arg. e Atlético Nacional - Col. e nos dois casos ficou evidente um empenho tático e físico dos adversários, especialmente nos primeiros tempos (3 jogos até agora). Em todos os jogos, o segundo tempo foi mais fraco, talvez até pelo esforço do primeiro tempo (especialmente o Atlético de Medelin que jogou desde a metade da etapa inicial com um a menos).

Imagem original extraída de www.coritiba.com.br

Este ano o Atlético Nacional já havia ganho do São Paulo duas vezes (pela Libertadores), então é provável que o texto abaixo faça referência à maneira como os colombianos vejam o futebol brasileiro e não só o do Coritiba.
Li no sítio do Atlético Nacional:http://www.atlnacional.com.co/ultimas-noticias/empate-que-ilusiona-014712

"Si bien todo estaba para ganar, el empate permite pensar en cerrar la llave en el Atanasio.

Nacional comenzó pisando muy fuerte en Brasil y mientras todo estuvo normal era no solo amo del partido sino dueño del resultado con el 1-0 parcial logrado por Miguel Borja. Tenencia, circulación, posesión y todo en arco contrario hacían pensar en una goleada épica en el Couto Pereira, pero llegó la adversidad, expulsaron a Nájera, se lesionó Bocanegra y los locales pudieron resucitar del letargo al que los sometió un visitante que mientras todo estuvo parejo, fue superior de arriba a abajo. Luego Nacional hizo lo que tiene que hacer un equipo con 10 hombres y obligó con su esquema a que Coritiba no hiciera lo que se hace contra un equipo con 10 hombres. Con actitud y temperamento apaciguó las armas del rival que solo despertaba a su tribuna con tiros de esquina. Cómo ha mutado el fútbol brasilero, las principales alegrias de la hinchada local fueron los tiros de esquina, las pelotas trabadas a favor y la expulsión de Nájera. Antes era el jogo bonito. Un punto se lleva el verde a su casa y allí con su gente aspira a su undécima semifinal continental de la historia."

"Como mudou o futebol brasileiro, as principais alegrias da torcida local foram os escanteios, as bolas bloqueadas a favor e a expulsão de Nájera. Antes era o jogo bonito."