12 de mar. de 2014

Apostas e apostas!

Fiquei muito tempo sem postar e, neste tempo, um leitor anônimo fez um comentário na postagem sobre o jogo do bicho. A resposta que dei a ele me fez pensar em jogos de azar lícitos no Brasil (já que o jogo do bicho é proibido). A principio responderia que o governo quer o monopólio do dinheiro de quem quer jogá-lo fora (ou comprar o sonho de ficar rico), mas lembrei-me dos "títulos de capitalização"!
Os títulos de capitalização deveriam ser uma forma de economizar e, ao final do plano, reaver o dinheiro acrescido de juros. Mas o que acontece é que estes títulos são vendidos e é cobrado um valor para que a "administradora" possa funcionar (seja banco ou outra empresa) e outro para que possam acontecer sorteios de prêmios atrativos. Em outras palavras, você deveria poupar e ter mais dinheiro no final do plano do que no início, mas não é isso que acontece (alguns planos, em alguns bancos até devolvem 100% do dinheiro, em alguns casos).
A pergunta é, porque tem gente que dá dinheiro à essas empresas? Pela mesma razão que gasta dinheiro em apostas de todos os tipos. Porque quer ter o prazer de sonhar em ficar rico!


Títulos de capitalização pouco mais são do que jogos de azar. Diria até que são piores, pois além de perder dinheiro, o cliente desta "oportunidade" tem que desembolsar um valor, normalmente 100%, maior que o que pagaria apenas pela aposta para emprestar para a instituição que comercializa o título. Além de perder, ainda é obrigado a emprestar! Que beleza! Quem consegue vender, fica rico rapidinho!


O bom é que, na maioria das vezes, o cliente só precisa fazer o empréstimo uma vez, pois na aposta seguinte pode entregar o "carnê" como parte do pagamento, pagando efetivamente, apenas o valor da aposta.


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