2 de jul. de 2014

Milan Kundera - O passado é mais belo!


Milan Kundera é um escritor tchecoslovaco (hoje, provavelmente tcheco), que tem como obra mais conhecida, "A insustentável leveza do ser". Ele viveu na antiga Tchecoslováquia no período da segunda guerra e da cortina de ferro. mas acabou se exilando na França a partir de 1975.
É do seu mais conhecido livro, a frase do dia:
E essa é uma postagem especial (como serão várias as publicadas em razão do livro). São duas frases e uma explicação.

"Existe uma enorme diferença entre um Robespierre que não aparece senão uma vez na história e um Robespierre que voltasse eternamente cortando a cabeça dos franceses".

Neste trecho, a "estória" ainda não começou, ele (Kundera) apresenta algumas reflexões sobre como a memória pode deixar as coisas melhores do que elas, de fato, eram quando aconteceram.
Para quem não lembra, Robespierre foi o principal líder dos jacobinos (radicais) que governaram a França no chamado período do terror, no decorrer da Revolução Francesa, no final do século XVIII. Era chamado de "O incorruptível" e, procurava punir exemplarmente qualquer um que tivesse um comportamento não ideal em relação à revolução, inclusive muitos dos próprios jacobinos...
O próprio Kundera completa:

"As nuvens alaranjadas do crepúsculo douram todas as coisas com o encanto da nostalgia, inclusive a guilhotina".


Uma frase popular que diz quase a mesma coisa é: "depois de morto, todo mundo vira santo".

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