
"A VERTIGEM NÃO É O MEDO DE CAIR, É OUTRA COISA. É A VOZ DO VAZIO EMBAIXO DE NÓS, QUE NOS ATRAI E NOS ENVOLVE, É O DESEJO DA QUEDA DO QUAL LOGO NOS DEFENDEMOS ATERRORIZADOS."
A definição que Kundera deu para a vertigem explica muito a respeito dos vícios (e das "burradas") que as pessoas cultivam.
Sobre o tema, vale a leitura de uma fábula de La Fontaine:
http://www.jj.com.br/noticias-512-historias-de-la-fontaine-para-fazer-a-cabeca
Um dos aforismas mais conhecidos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche é:
"Quem luta com monstros deve ter cuidado para que , ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."
Para terminar, a poesia de Fernando Pessoa (apesar de que caberia também um verso de "Mar Português"):
NAVEGAR É PRECISO
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Tenho vertigens descobri aos 18. Achei o texto um pouco surrealista, e abstrato. Considero a vertigem um sintoma de pouca relevância.
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