
A ideia desta postagem não é iniciar um curso de economia,
mesmo porque não tenho como fazer isso. Mas contribuir para a reflexão a respeito de
coisas simples que por vezes não verbalizamos e, por isso não enxergamos com
clareza.
A pujança da economia local depende menos da quantidade de
dinheiro presente nela do que da velocidade com que o dinheiro presente
circule. Por exemplo, se uma nota de, digamos R$ 10,00, é repassada 10 vezes
num determinado período, ela representa a geração de R$ 100,00 de riqueza. Seja
no alimento adquirido pelo faminto, no pagamento dos produtos pelo dono do
mercado, na aquisição de matéria prima pelo fabricante de macarrão, na quitação
de um empréstimo pelo dono da fábrica de embalagens, no pagamento do salário do
funcionário do banco e assim por diante (é o chamado circulo virtuoso). Já uma
nota de R$ 50,00 guardada representa apenas isso, uma nota de papel que não
gera nenhuma riqueza.
Talvez, por isso mesmo, o acumulo de “riqueza” (neste caso
dinheiro na conta) só é possível com a exploração de outros. Não consigo
imaginar algum meio de ficar rico sem que outros tenham que necessariamente dedicarem-se
a servir (direta ou indiretamente) o novo (ou velho) rico. Há os que trabalham
e os que recebem (mas porque investiram diriam alguns – mas investiram no lucro
gerado pelo trabalho de outro). Alguém poderia falar sobre a riqueza de
artistas ou esportistas que não exploram os que ganham menos, mas sempre será necessária
a participação de “colegas” mal remunerados, como os montadores de palco ou
jogadores de time pequeno que servem para tomar os dribles. Além disso há o
valor abusivo em ingressos, CDs e produtos com a imagem destes “heróis”.
Não quero promover o comunismo, mesmo porque enxergo
problemas semelhantes neste sistema, mas, repito, apenas uma reflexão a
respeito do tema.

único modo de enriquecer é explorando os outros...
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