11 de nov. de 2012

Questão básica de econômia: a riqueza.

                           




 
A ideia desta postagem não é iniciar um curso de economia, mesmo porque não tenho como fazer isso. Mas contribuir para a reflexão a respeito de coisas simples que por vezes não verbalizamos e, por isso não enxergamos com clareza.
A pujança da economia local depende menos da quantidade de dinheiro presente nela do que da velocidade com que o dinheiro presente circule. Por exemplo, se uma nota de, digamos R$ 10,00, é repassada 10 vezes num determinado período, ela representa a geração de R$ 100,00 de riqueza. Seja no alimento adquirido pelo faminto, no pagamento dos produtos pelo dono do mercado, na aquisição de matéria prima pelo fabricante de macarrão, na quitação de um empréstimo pelo dono da fábrica de embalagens, no pagamento do salário do funcionário do banco e assim por diante (é o chamado circulo virtuoso). Já uma nota de R$ 50,00 guardada representa apenas isso, uma nota de papel que não gera nenhuma riqueza.
Talvez, por isso mesmo, o acumulo de “riqueza” (neste caso dinheiro na conta) só é possível com a exploração de outros. Não consigo imaginar algum meio de ficar rico sem que outros tenham que necessariamente dedicarem-se a servir (direta ou indiretamente) o novo (ou velho) rico. Há os que trabalham e os que recebem (mas porque investiram diriam alguns – mas investiram no lucro gerado pelo trabalho de outro). Alguém poderia falar sobre a riqueza de artistas ou esportistas que não exploram os que ganham menos, mas sempre será necessária a participação de “colegas” mal remunerados, como os montadores de palco ou jogadores de time pequeno que servem para tomar os dribles. Além disso há o valor abusivo em ingressos, CDs e produtos com a imagem destes “heróis”.
Não quero promover o comunismo, mesmo porque enxergo problemas semelhantes neste sistema, mas, repito, apenas uma reflexão a respeito do tema.


                                http://www.fabiocampana.com.br/wp-content/uploads/2012/09/desigualdade.jpeg

Um comentário:

Não se acanhe, escreva tudo, mas seja contido...