1 de set. de 2024

Crer?

A qualidade da vida

Depende de quem você é

Quem sabe, não ter chulé

Não ser confundido com ralé,

Se mora, ou não, num chalé.

Pois é...

A qualidade de quem

Você é!


O monstro entorpece

Tudo o que tinha no coração

Você esquece


Acreditou que a vida fosse mais

Acreditou que para viver

era preciso ter mais


As pessoas te parecem monstros

E os monstros, ideais


Destruir, corromper, fazer, sofrer

sentir prazer, ser superior


"Eu sou"

"Para ser é preciso crer"

que por pouco vai sofrer

"Eu posso"

Você padece

claro, porque merece



Boi Manso

 Não sei de quem  é o poema, mas como não achei grande coisa na internet...


O boi manso na demanda

Tem obediência rara


Se fala ô, ele para

Se disse vai, ele anda

Passa onde o dono manda.


O rabo é sempre torado

É serrado e é capado

E o dono perverso dana

Ferrando na anca petanda (?) 


8 de abr. de 2020

Criacionismo

A contribuição abaixo é de Agnes Silva, do primeiro B do Colégio Pilar Maturana realizada em, salvo engano, 2016 (faz tempo que não posto nada!)

12 de dez. de 2018

Os sonhos que temos

Os sonhos que temos
Fama e riqueza
Não somos nós que queremos
É a falsa nobreza

Os sonhos que temos
Fama e riqueza
A outros, neguemos
É a dura crueza

Os sonhos que temos
Fama e riqueza
Se não sonhamos, tememos
opressão ironia exclusão infantilidade angustia mesquinharia


Os sonhos que temos
Vendendo a vida tempo criação humanidade
Enquanto sonhamos, morremos
É a triste certeza



Fama e riqueza
Os sonhos que temos
É a falsa nobreza
Não somos nós que queremos


Fama e riqueza
Os sonhos que temos
É a dura crueza
A outros, neguemos

Fama e riqueza
Os sonhos que temos
opressão ironia exclusão infantilidade angustia mesquinharia
Se não sonhamos, tememos


Os sonhos que temos
Vendendo a vida tempo criação humanidade
Enquanto sonhamos, morremos
É a triste certeza

5 de mar. de 2017

Apostas e seguros.

O post anterior é uma crítica à uma "propagandinha" realizada no texto "Entenda a fascinante relação entre apostas e a origem da bilionária indústria dos seguros"  da BBC.
Critica à parte, é um texto muito bacana para pensarmos um pouco mais a respeito de apostas/seguros/produção.
Nele, o autor, Tim Harford, explica a origem dos seguros e mostra como um seguro é, na verdade, uma aposta. Uma aposta que vai contra o desejo do segurado. O agricultor, por exemplo, quer que sua produção seja excepcional, mas corre o risco de que acontece algum imprevisto e ele, então, ficaria num prejuízo que inviabilizaria a continuidade da produção. A solução é, então, apostar no imprevisto, para que se ele ocorrer, o trabalho posterior possa ocorrer. Se não ocorre o imprevisto, por outro lado, a seguradora ganha e pode continuar a existir.
E como toda banca (de jogos), as seguradoras querem ganhar, e ganhar muito. Por isso o melhor que poderia acontecer é que os governos administrassem os seguros (aposentadoria, saúde, agricultura, etc.).
No fim das contas os seguros funcionam como uma faca de dois gumes. Se não há seguro, há incerteza e a economia tende a andar mais devagar. Mas se o negócio de seguros foi exagerado, como no que acabou provocando a crise imobiliária americana de 2008 (em que o valor de todos os seguros era maior do que o valor real da economia), mais cedo ou mais tarde a economia real não conseguira sustentar o castelo de areia erguido pelos derivativos (quando, por exemplo há venda de seguro ou promessa de pagamento de juros em razão de um seguro anterior ou financiamento anterior) e os prejuízos acabam sendo partilhados por toda a sociedade, mesmo aqueles que não fizeram apostas.

Pós-verdade na BBC?


Eu sei que a maior parte dos veículos de comunicação são de direita. Quando muito, são de centro. E é muito comum que esses veículos ataquem, "a torto e a direito", a esquerda. Eu já vi, alguns desses ataques gratuitos em sites que eu leio (e recomendo), como no caso da BBC. Entendo muitas críticas, mesmo sabendo que num bom texto jornalístico, deveria haver um contraponto. Mas dá para deixar passar.
O que me surpreendeu hoje, no entanto, foi um elogio descabido ao capitalismo, quando a efetivação de uma ação é claramente coletivista e não capitalista...
Nas montanhas do que hoje é a Suíça e a Alemanha, uma outra forma de seguros surgiu de uma espécie de capitalismo comunitário. Camponeses organizaram sociedades de ajúdua mútua, no início do século 17, para arcar com custos de tratamentos médicos ou de problemas com safras e animais.
Se o Lloyd´s considerava o risco algo que se analizava e comercializava, as sociedades de seguro mútuo alpinas viam o risco como algo a ser compartilhado.
Uma visão mais romântica que décadas mais tarde mudou radicalmente: em cidades como Zurique e Munique foram fundadas algumas das maiores seguradoras do mundo.
Mas as maiores e mais ricas sociedades de ajuda mútua que hoje conhecemos têm um nome bem genérico: governos.
http://www.bbc.com/portuguese/geral-39167017

Nem digo que eu não tenha meu próprio viés de confirmação, mas isso foi desinformação (porque no mínimo, faltaram informações que corroborassem a posição do jornalista/economista), ignorância (porque há desconhecimento de definições básicas) ou mau caratismo puro e simples.
Se por um lado, o exemplo dado não é, necessariamente "anti-capitalista" também não é definidor de capitalismo, que é reconhecido por um sistema que privilegia ações individuais. Além disso, um dos conceitos básicos de socialismo está vinculado à oposição ao individualismo (que volto a dizer, não é uma marca exigida no capitalismo, mas valorizada). Ora, se uma ação é comunitária, ela é anti individualista, ou seja, poderia ser "uma espécie de socialismo", sem a necessidade de uma complementação contraditória!
Para que fique claro: é possível um regime capitalista contar com sindicatos, cooperativas e associações? Sim. Mas estas instituições foram combatidas no início do capitalismo e são vistas, mais comumente como instituições socialistas.
O curioso é que o texto (claramente de centro) desagrada também os defensores liberais do capitalismo, pois indica que o estado é uma sociedade constituída no seio do capitalismo, o que também não faz muito sentido, pois o "proto-estados"* são anteriores a qualquer "proto-capitalismo".



3 de mar. de 2017

Punk - Cólera - Circocore

Malabarista faltou
Domador se acidentou
E o equilibrista morreu
Sobrou procê (pro seu?)
Tem que amansar o leão
Da corda bamba não olhe pro chão
Pogar na ponta do dedão
Sobrou procê, sobrou procê
Todas as coisas do circo você tem que fazer
Monocicleta, trapézio, no show tem que fazer
Ser um palhaço, um escracho, você tem que saber. Tem que saber.
O país vizinho xingou
Nosso governo revidou
A guerra então começou
Sobrou procê
Vai defender sua nação
Vai de metranca na mão
Vestido de palhaço num caixão
Sobrou procê
Sobrou procê. Sobrou procê.