1 de jun. de 2015

A fórmula 1 e o "jeitinho brasileiro"

Eu, particularmente, tenho uma posição ambígua frente ao chamado "jeitinho brasileiro".
O "jeitinho brasileiro", significa procurar soluções onde aparentemente não há. E isso, pode ter dois aspectos, um bastante positivo, que é usar a inteligência e a comunicação para buscar soluções ainda não encontradas, mas é óbvio que há um aspecto bastante negativo, pois esse "jeitinho" pode provocar acidentes e promover a corrupção.
Improviso, gambiarra, fraude...
Curioso é que, fazendo uma busca rápida, a maior parte das imagens para o "jeitinho brasileiro", são, na verdade, de outros países. O que fazemos aqui (pro bem e pro mal), outras pessoas fazem em outros países. Eu creio que a única diferença é que nós nos depreciamos e berramos que usamos o "jeitinho brasileiro" ao mundo inteiro.


Acabei de ler o fascículo nº6 da coleção "Lendas Brasileiras do Automobilismo", sobre a Brabham BT49, com a qual Nélson Piquet foi campeão mundial em 1981.
Vou transcrever:
"(...) A distância mínima do solo [deveria ser] de 60 mm (...), o projetista da escuderia, o sul-africano, Gordon Murray, desenvolveu uma suspensão hidropneumática para o BT49. A solução idealizada pelo engenheiro reduzia a altura do carro em movimento; algo que nunca poderia ser constatado pelos comissários. (...) Outra grande ideia de Gordon Murray foi usar o sistema de arrefecimento dos freios à água. Para isso, o carro tinha um reservatória de 50 litros. A água esgotava-se em uma ou duas voltas e o peso do carro diminuía cerca de 50 kg." [os carros precisam tem um peso mínimo].
Mesmo que o engenheiro não tenha cometido uma ilegalidade, (já que o regulamento exigia a verificação das características com o carro em repouso e, não em suas medidas em situação de corrida), pra mim, foram soluções imorais, pois desvirtuaram a ideia básica do regulamento.

Mas há casos muito mais grotescos, como a vitória de Fernando Alonso no GP de Singapura em 2008, quando Nelsinho Piquet teria batido propositalmente para interromper a prova e favorecer seu companheiro de equipe.

Ou as incontáveis "gambiarras" que beneficiaram o piloto Michael Schumacher.
"Ex-colega de Schumi diz que alemão correu fora do regulamento em 1994 
Jos Verstappen, ex-piloto da Benetton, diz que carro do heptacampeão tinha ajudas eletrônicas proibidas pelas regras na temporada do primeiro título "
Áustria 2002 - Barrichelo, obedecendo ordens da Ferrari, deixa Schumacher ultrapassá-lo depois da última curva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não se acanhe, escreva tudo, mas seja contido...