30 de ago. de 2015

Show! Entrevista de Pedro Cardoso.

Eu gostei muito dessa entrevista que o Pedro Cardoso deu ao UOL.

4 comentários:

  1. Calma ai, compreendo o fato de um individuo independente de sua profissão, possuir uma dimensão pública e uma dimensão particular. Compreendo também o fato, de que para pessoas sensatas, e no mínimo centradas a vida pessoal de uma pessoa " pública " não interessa. O que o Pedro Cardoso não compreende é que a cultura, principalmente do Brasil, ainda é do pão e circo, o dinheiro ganho com essas informações banais, são fruto da cultura medíocre e estacionada que vivemos hoje, e que o fato de ele ter "optado" por essa profissão, faz dele um alvo.

    Um bom exemplo, é o caso da morte daquele cantor sertanejo, que levou a uma " comoção " generalizada do país, (se é que posso chamar de comoção); algum individuo sensato consegue enxergar aquilo como necessário, se sim, ele não é sensato, afinal, milhões de crianças morrem todo ano de fome, o fato delas não serem figuras " publicas" não é o suficiente para causar comoção e compaixão na sociedade. Tudo isso se explica na cultura de massa.

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    1. Salve!
      Se consegui entender direito, concordo contigo no segundo parágrafo. Sem precisar acrescentar nada, nem tirar.
      Quanto ao primeiro acho contraditório! O fato de alguém trabalhar com cultura não o obriga a aceitar a mediocridade. Há inclusive uma grande preocupação, por parte de quem trabalha com cultura, com a "formação de público". Acho que o Pedro Cardoso fala exatamente disso quando ele disse algo parecido com isso: Artista e personagem são coisas distintas, mas ainda assim há no artista algo de individual que deveria impedi-lo de realizar algumas interpretações, que deveria impedi-lo de "vender a alma". Se é assim em relação à vida profissional (não assumir certos personagens), por que deveria aceitar "vender a alma" em sua vida particular?
      Assim como professores, eventualmente, trocam de escolas ou abandonam turmas. Cobradores e motoristas de ônibus trocam de linha ou empresa. Governadores se candidatam ao senado. Vendedores não atendem certos clientes (ou os tratam de maneira que eles não voltam). Etc.
      Assumir que o ator é OBRIGADO a aceitar pacificamente as agruras impostas por outros sobre sua vida é o mesmo que dizer que não há motivo suficiente para greves, protestos, manifestações que visem melhorar a realidade, já que a realidade foi "comprada" por quem vive nela tal como é!

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    2. Não quis dizer que o individuo que trabalha com cultura tem que aceitar a mediocridade, eu quis dizer, que se o individuo trabalha com cultura, não há ninguém mais digno do que ele, para compreender que a massa constrói os "parâmetros culturais", e que na verdade ela compra as fotos dele, e ela que paga para as grandes mídias compartilhar informações inuteis de cunho pessoal.
      Eu poderia ir mais longe e dizer que a massa além de pagar pela destruição da privacidade, paga pelos shows e apresentações, mas nós sabemos que isso não é verdade, sabemos que esses eventos não são acessíveis para a população.
      Quero observar ainda, que quando citei a massa, não me exclui disso.

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