Este blog não estará restrito a um assunto específico. A ideia é produzir uma espécie de revista digital. Como não é um blog profissional, alguns temas demorarão a ter novas postagens, mas sempre aparecerão. Claro que as provocações recebidas através dos comentários serão muito úteis na formação da pauta. Opine, comente, questione, indique.
23 de ago. de 2015
As palavras nos libertam ou nos sufocam? - Fahrenheit 451
O personagem principal de Fahreinheit 451 é um bombeiro, chamado Guy Montag, de um futuro (em relação a quando foi escrito) distópico, em que os livros são proibidos. São, justamente, os bombeiros que têm a tarefa de incinerá-los.
Montag tem uma crise de consciência em relação ao seu trabalho e acaba surrupiando alguns livros que ele deveria ter queimado, então procura ajuda de um velho professor, Faber. Sua justificativa para buscar ajuda:
"Eu só quero alguém para ouvir o que tenho a dizer. E talvez, se eu falar por tempo suficiente, minhas palavras façam sentido".
Montag precisa, entretanto, enfrentar as investidas do capitão dos bombeiros, Beatty, que cita Alexander Pope (poeta inglês do século XVIII):
"Palavras são como folhas, e onde mais abundam, é raro encontrar embaixo muitos frutos da razão".
A princípio, as duas frases podem parecer antagônicas! Mas não são! Um palavrório matraqueado loucamente, realmente acaba com a possibilidade de encontrarmos os "frutos da razão". Mas a capacidade de verbalizar o que pensamos é fundamental para que nosso pensamento se organize e produza os resultados esperados... Tudo é uma questão de contexto!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não se acanhe, escreva tudo, mas seja contido...