O professor Faber, personagem do livro Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, diz para Montag:
"Mas lembre-se de que o capitão está alinhado com os inimigos mais poderosos da verdade e da liberdade, com o rebanho impassível da maioria. Meu deus, a terrível tirania da maioria".
Imediatamente lembrei das ovelhas descritas no livro "Revolução dos Bichos", de George Orwell, que só faziam balir palavras de ordem, de acordo com o que lhes diziam os porcos que estavam no poder.
Lembrei também de Nélson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar ."
Pôster que faz referência ao livro "Revolução dos Bichos" |
Por fim, penso na voz uníssona que paira nas ruas nos dias de hoje. Por vezes escuto balidos. Por vezes escuto latidos, como se fossem os latidos dos cães treinados pelos porcos para levá-los ao poder!
A democracia, para existir, precisa garantir a existência e a voz das minorias!
MAS, ATENÇÃO!!!
Isso não quer dizer que as minorias estejam isentas de culpa quando se fala das falhas dos sistemas democráticos. O livro (Fahrenheit 451) aborda isso também, pois foi, em parte, o sectarismo de minorias (e os excessos do que chamamos hoje de "politicamente correto") que levou ao caos intelectual apresentado na história.
Na coda* do livro, o autor, Ray Bradbury destaca (fazendo referência à destruição provocada pelo ódio conjunto de várias minorias):
"Cada minoria (...) acha que tem o direito e o dever de derramar o querosene e acender o pavio."
Tudo, evidentemente é uma questão de contexto...
*Coda é a parte final, que arremata uma música. Em inglês também designa as cenas pós créditos que aparecem depois do filme. Eu diria que é o "chorinho" que ganhamos após termos bebido o copo de garapa.
MAS, ATENÇÃO!!!
Isso não quer dizer que as minorias estejam isentas de culpa quando se fala das falhas dos sistemas democráticos. O livro (Fahrenheit 451) aborda isso também, pois foi, em parte, o sectarismo de minorias (e os excessos do que chamamos hoje de "politicamente correto") que levou ao caos intelectual apresentado na história.
Na coda* do livro, o autor, Ray Bradbury destaca (fazendo referência à destruição provocada pelo ódio conjunto de várias minorias):
Ray Bradbury |
"Cada minoria (...) acha que tem o direito e o dever de derramar o querosene e acender o pavio."
Tudo, evidentemente é uma questão de contexto...
*Coda é a parte final, que arremata uma música. Em inglês também designa as cenas pós créditos que aparecem depois do filme. Eu diria que é o "chorinho" que ganhamos após termos bebido o copo de garapa.
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